Toda vez que você evita de colocar uma balinha ou um chiclete na boca , obteve grande vitória. Você vence sempre que evita o açúcar, a sobremesa, o doce após às refeições, o "milk shake" e o refrigerante.
Sempre que evita as guloseimas de uma festinha de aniversário pobre em conceitos, dessas que servem salgadinhos e docinhos de padaria e toda sorte (sorte?) de petiscos artificiais, feitos com gordura trans, seu ecossistema particular, chamado organismo, agradece por não ter sido poluído.
Quando passar em uma sorveteria ou confeitaria e as várias cores dos sorvetes e doces apontarem para uma grande quantidade de anilina, corantes e aromatizantes artificiais e, ao invés de sentir desejo de consumir, você tiver repulsa, algo extraordinário chamado "instinto alimentar" estará acontendo em você.
Cada cigarro que você deixa de acender são muitos dias de mais vida, mais ambiente preservado, menos hospitais lotados, menos poluição na atmosfera.
Se chegar o momento que ir ao "barzinho" com os amigos para se ensurruar de "chopinho" ou "cervejinha", se torne para você um nojo e não uma alegria, será o prenúncio de novos caminhos de "genuína alegria".
Quando um "churrasco" impactar em sua mente não como um banquete ou uma comida, mas como uma carnificina de sangue e dor, um holocausto sanguinolento associado com infarto e derrame, algo chamado "compaixão" estará acontecendo e lhe convidando a uma forte experiência de "amor universal".
Quando perceber o supermercado e o shopping center como inimigos, onde nove de cada dez produtos são absolutamente desnecessários, uma qualidade chamada "consumo consciente" estará te convidando a visitar feiras orgânicas e entrepostos de produtos naturais.
Se a programação da TV te desagradar, se os programas de humor não mais te fizerem rir, se as novelas e filmes enlatados não te emocionarem, se os "realty shows" te causarem engulhos, você estará respirando os ares de algo chamado "cidadania".
Quando doutrinas, seitas, igrejas e instituições humanas já não tiverem respostas para suas perguntas e você percebê-las mais como ferramentas de exploração do que como alavancas interiores, sua inteligência espiritual estará ativa e seu "autoconhecimento" será a aurora de um novo tempo de "ética profunda, atitude sustentável e ação construtiva".
Alexandre Pimentel
Gravataí, 13 de julho de 2016.
http://cronicasdopimentel.blogspot.com.br
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